Trabalho de prevenção da epidemia em Macau reconhecido

O Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, deu as boas-vindas, aos visitantes do dia aberto da Sede do Governo. Ao ser entrevistado pela comunicação social sobre vários temas, disse que o Presidente Xi Jinping, num encontro que teve recentemente, reconheceu o trabalho de prevenção e controlo da epidemia de Macau e avisou também para uma prevenção rigorosa no ressurgimento do surto epidémico.

Ao ser entrevistado pela comunicação social sobre a possibilidade de aliviar as medidas da prevenção da epidemia, o Chefe do Executivo disse que o prazo de validade do teste de ácido nucleico de 7 dias está comprovado cientificamente mas ainda faltam bases científicas para suportar a extensão para 14 dias. Indicou que as provas científicas da Comissão Nacional de Saúde são indispensáveis caso pretendam estender o prazo de validade do teste. E ainda por mais, recentemente foram confirmados casos em Qingdao e Cantão, por isso, mostrou-se muito cauteloso se deve ou não estender o prazo da validade do teste de ácido nucleico.

Em relação ao andamento da aquisição da vacina contra a pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus, o Chefe do Executivo disse que Macau já encomendou mas como ainda não passou pela terceira fase de testes clínicos, não é possível prever o prazo de entrega nem quando possa ser usada.

Relativamente ao eventual plano de "bolhas de viagem” com os territórios vizinhos, o Chefe do Executivo frisou que o governo da RAEM tem de ter em conta a saúde, a vida e a segurança dos seus residentes, por isso, é preciso ponderar cuidadosamente a criação desta medida entre Macau e outros países e territórios assim como, até ao momento, ainda não foi discutido com nenhuma das partes.

Quanto ao Plano de Comparticipação Pecuniária, o Chefe do Executivo prevê manter inalterado, no próximo ano, mas irá auscultar as opiniões de todos os sectores sociais, para estudar qual a melhor forma de atribuição, e se os residentes em geral preferirem o método actual, o mesmo será mantido. Disse ainda esperar que o Plano possa ter um efeito dinamizador para a recuperação da economia local.

Sobre a viabilidade de lançar a terceira ronda de medidas de apoio económico, o Chefe do Executivo disse que dependerá da situação económica do próximo ano. Frisou que o governo deve usar o erário público com cautela apesar de Macau, actualmente, ter uma reserva financeira de mais de 600 mil milhões de patacas, valor que considera suficiente para garantir vários anos, insistindo que o uso do mesmo deve ser ponderado cautelosamente.

O Chefe do Executivo agradeceu a compreensão dos residentes para com o governo e disse compreender os tempos difíceis que todos enfrentam, tais como, a redução de salário ou mesmo corte de vencimento. Reiterou que a estrutura económica de Macau depende excessivamente do turismo e do jogo, mesmo que o governo da RAEM esteja empenhado em ajustar a estrutura económica local tal não se concretizará de forma imediata. Adiantou ainda que, para além de diversificar as opções de emprego para os jovens, no próximo ano, irá reforçar a aposta nas infraestruturas, no sentido de estabilizar o emprego dos trabalhadores do sector da construção.

O Chefe do Executivo frisou que, a estrutura económica de Macau deve ser ajustada além de manter o actual sector de jogo e os outros sectores mais tradicionais e que a mesma precisa de desenvolver constantemente novos sectores económicos. Neste sentido, o governo da RAEM tem estudado com o governo de Guangdong a construção da zona de cooperação aprofundada entre Guangdong e Macau, em Hengqin, e também tem mantido contacto com várias instituições e empresas Interior da China direccionadas para a Internet, com o objectivo de dinamizar a participação dos jovens locais no desenvolvimento da Ilha de Hengqin. (MAIS)