A Comissão de Desenvolvimento de Talentos discutiu as políticas de quadros qualificados da Região Metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau

      A Comissão de Desenvolvimento de Talentos (CDT) realizou, recentemente, uma sessão, para apresentação do estudo das políticas de quadros qualificados de Macau, presidida pelo coordenador do Grupo Especializado de Planeamento e Avaliação, o Doutor Yeung Tsun Man.

      Durante a sessão, a CDT incumbiu a equipa de estudo das políticas de quadros qualificados do Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau para fazer uma apresentação sobre a “comparação horizontal das políticas de quadros qualificados da Região Metropolitana da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”. No decurso da apresentação, foram relatadas as políticas de introdução de talentos da Grande Baía (nove cidades e a Região Administrativa Especial de Hong Kong), e informado que os respectivos governos locais se têm focado nas políticas de apoio financeiro, políticas complementares para habitação e cuidados médicos, de acesso escolar dos educandos e de fixação de residência de cônjuges, e.g. até finais de 2016, tendo Shenzhen já introduzido, cumulativamente, 4,52 milhões de quadros com capacidades técnicas e profissionais, enquanto em Hong Kong, até finais de 2017, havia um total de 62,1 mil quadros qualificados. Foi, ainda, referido, que embora Macau apresente um desenvolvimento económico favorável, a estrutura sectorial é relativamente pobre, acrescentando que a reserva de quadros qualificados tem por base o cultivo de talentos locais e o regresso de talentos a Macau; de acordo com o estudo sobre a escassez de talentos em diferentes sectores, verificou-se que os recursos humanos locais e a reserva de quadros qualificados se encontram numa situação de escassez. Assim, propôs-se a Macau, que tivesse como referência outras regiões aquando do ajustamento das políticas existentes sobre a introdução de quadros qualificados. Os membros consideraram que durante a análise dos mecanismos de avaliação da eficácia de talentos das outras regiões, deveria ser dada atenção à distinção entre funções do governo e funções das empresas privadas, bem como, se propiciasse uma comparação das vantagens e desvantagens da respectiva região com Macau, nos âmbitos económico e educacional, entre outros, de modo a seleccionar uma política de melhor referência para Macau. Foi referido, por um membro, que o cultivo de talentos locais é prioritário, no futuro a definição de políticas de introdução de quadros qualificados deve passar, em primeiro lugar, por clarificar as necessidades reais dos diferentes sectores e quais as profissões que carecem, urgentemente, de quadros qualificados. Apenas com esses dados rigorosos, haverá condições para estabelecer um regime transparente de avaliação profissional e, ainda, as quotas adequadas; em simultâneo, deve-se estar atento ao ritmo de introdução de quadros qualificados e ao respectivo tempo de permanência.

      De seguida, Cheong Sio Pang, membro da equipa de estudo, apresentou as “estratégias de desenvolvimento de talentos 2018 – análise da estrutura demográfica”, abordando temas sobre as actuais mudanças na estrutura de recursos humanos de Macau, a comparação da estrutura demográfica entre Macau e as regiões asiáticas, as mudanças na população activa de Macau, etc. Com base nos dados estatísticos e numa série de índices de dependência, registou-se que, em 2017, o índice de dependência total em Macau foi de 39,2%, sendo o rácio de dependência de jovens e de idosos, respectivamente, de 21,4% e 17,8%, tendo o índice de envelhecimento atingido uma percentagem elevada, 83%, o que representa haver uma tendência de redução da população jovem e aumento da população idosa, pelo que é inevitável que a sociedade envelheça. Perante a pressão do aumento contínuo da população residente e do número de turistas, que em 2018 atingiu cerca de 36 milhões, como resolver a falta de recursos humanos constitui um problema social muito importante. Um membro considerou que se deve dar ênfase ao aumento da qualidade da população activa local, alterando a estrutura da mesma e, ao mesmo tempo, ao aperfeiçoamento do actual regime de emprego dos não residentes e do mecanismo para o cultivo de quadros qualificados, bem como, tentar atrair mais talentos internacionais, estimular a mobilidade de talentos e evitar a situação de escassez.

      Estiveram presentes na sessão: os membros da CDT, Yeung Tsun Man (coordenador), Van Iat Kio, Lou Pak Sang, Chan Chi Fong, Iu Vai Pan, Fong Ka Fai, Sio Un I, Leong Heng Kao, Ian Man Cheng, So Ying Suen, Cheang Hong Kuong, Lao Chi Ngai e Sou Chio Fai; Ian Chi Iong, representante do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau; Cheong Wai, representante da Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais; e os membros da equipa de estudo das políticas de quadros qualificados, do Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau, Cheong Sio Pang, Cheong Cheng Wa e Ho Fok Cheong.

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